sexta-feira, 23 de julho de 2010

A CIÊNCIA COMO ORGANIZAÇÃO DA SUBJETIVIDADE

Antes de haver ciência é fundamental que exista um determinado discurso sobre aquilo que se pretende trabalhar.Ao debruçar-se sobre o objeto,o observador não pode dispensar de,antemão,do propósito de procurar construir,teoricamente,a base sobre a qual pretende assentar o seu trabalho.É necessário pensar,anteriormente,como se vai investigar,ou melhor,investigar como se investiga.Noutros termos,a garantia do sucesso antecede à própria invstigação.
Não se pode desprezar a ideia de que há uma perfeita relação entre o sujeto e o objeto,e que não há sobreposição de um sobre o outro,assim os dois se encontram e se desencontram na formulação do conhecimento,sendo que,ao final,não tenha havido separação,mas a contribuição de ambos os pólos.
Conhecer o objeto é, antes de tudo organizar a subjetividade enquanto faculdade cognoscitiva.É uma espécie de treinamento onde a ciência vai se fazendo ao longo da história.Portanto,o que está implícito é a ideia de que é o esforço de organzação da subjetividade do investigador que será,primordialmente,válido no projeto de pesquisa científica.Entetanto,acontece em certo sentido que tal subjetividade é organizada de acordo com pretensões daqueles que desejam dominar.O investigador carrega,às vezes, alguma ideologia intríseca na realização do seu trabalho a fim de ser bem-sucedido.Muitas vezes opta por se enquadrar em algum sistema,ou melhor,grupo com fins políticos e econômicos definidos e não com o objetivo de salvação da humanidade
A forma da subjetividade vai,então,ordenar o aspecto objetivo.O fundamento é fundamento sobre algo inexistente, que precisará ser construído.Tal fundamento é sempre um recurso,enfim, é a organização da subjetividde que vai dar garantia ou não.
Tudo isso,parte por conseguinte,da história deste ou daquele objeto.Caso o investigador não tenha uma informação prévia sobre aquilo que vai pesquisar poderá cair no vazio da informação.